São Paulo - por Vitor Nisida
Foto: Vitor Nisida

 

Leia notícia abaixo sobre a discussão e aprovação do pacote de intervenções prioritárias no âmbito da Operação Urbana Consorciada Água Branca.

Governo aprova pacote de prioridades
Por Maria Isabel Coelho

O Conselho Gestor da Operação Urbana Consorciada Água Branca (OUCAB) debateu na segunda-feira, 4, as prioridades para aplicação dos recursos a serem arrecadados em Cepacs (Certificado de Potencial Adicional Construtivo) dentro do perímetro (expandido) da operação nas areas de habitação (1250 unidades), meio ambiente (parque equipado e areas verdes), mobilidade (que inclui a Ponte da Raimundo Pereira de Magalhães), equipamentos (creches, escolas, areas de esportes, Unidades Básicas de Saúde e AMA) e patrimônio (levantamento). O diretor da SPUrbanismo Gustavo Partezani Rodrigues esclareceu que a OUCAB ainda não tem dinheiro em caixa. Ele explicou que os recursos em caixa foram arrecadados na Lei de 1995 (hoje cerca de R$ 570 milhões em caixa) e estão separados para execução das obras no perímetro antigo (como manda a Lei e a Justiça – em parte dos bairros da Água Branca,Perdizes/Pompeia e Barra Funda).

A inclusão da construção da Ponte RaimundoPereira de Magalhães no primeiro pacote de prioridades (total de R$ 1.378.300,00) – para emissão de Cepacs – não foi consenso entre os representantes de moradores, universidades e ONGs. A comissão é composta por secretarias municipais e sociedade civil. A posição do poder público, que votou em bloco pela aprovação foi contra os representantes de moradores, ONGs e universidades (7 votos a favor e 4 contra) que pediram o adiamento da decisão por uma semana para aprofundar os estudos da proposta apresentada  pela SPUrbanismo.

A representante das universidades e professora da Faculdade de Urbanismo da USP, Paula Santoro ficou decepcionada com a votação. “A gente vai começar a Operação com uma ponte (da Raimundo) fora da operação urbana, que idiossincrasia que a gente vê. E é de um governo do Haddad, em tese um governo de esquerda, inclusivo. Fazer ponte interessa as construtoras e a lógica de arrecadar recursos para a campanha. Queria muito apoiar um governo diferente”, declarou Paula.  “A proposta aprovada não foi detalhada”, reclamou. “A gente queria um tempo para entender melhor as propostas. Nossa preocupação agora é priorizar o que foi aprovado”, declarou o representantes dos moradores, Paulo Cauhy.”

Fonte: Jornal da Gente.